quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CUFA RS e Besouro Box lançam obra


Nesse dia 03 de novembro Manoel Soares, Marco Cena, Daniel dos Santos e Dango Costa lançaram a obra "Os Zumbis da Pedra"
Na terça feira às 14h00 na Casa do Pensamento no Cais do Porto em Porto Alegre, a Central Única das Favelas e a Besouro Box lançaram a obra "Os Zumbis da Pedra"!

Viaradão esportivo no RS

A parceria entre CUFA, Rede Globo e SESI oportunizou a realização de um dos maiores eventos esportivos realizados até hoje no país.É o Viradão Esportivo que em 33 horas, promete mobilizar milhares de pessoa em todo o país, mostrando que esporte e cidadania andam juntos, principalmente quando o tema é a "familia"!Aqui no estado, a parceria entre CUFA RS, Grupo RBS e SESI, já é conhecida em outros projetos e nesse final de semana, as instituições se unem para reforçar as práticas esportivas no RS.Nas primeiras 6 horas de evento, mais de 20 modalidades esportivas mobilizaram a população gaúcha para a prática esportiva.
Academias, escolas, associações de bairro, praças públicas, CTG’s, parques, ruas, clubes e as mais diversas manifestações esportivas estiveram no início do Viradão Esportivo que está mobilizando o Rio Grande do Sul, mas também mais de 1000 cidades em todo o país! Remo, futebol, futebol de rua, basquete, basquete de rua, yoga, ginástica, judô, luta greco romana, capoeira, campeonato de xadrex, voleibol, ginástica para terceira idade, taekwondo, aulas de dança, são uma das atividades esportivas que integraram o Viradão Esportivo no Rio Grande do Sul.

www.viradaoesportivo.blogspot.com

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Viradão Esportivo no RS

confira alguma das atividades realizadas no extremo Sul

Devido a forte chuva no Estado, algumas atividades foram canceladas....

http://viradaoesportivo.blogspot.com/

Acompanhem...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Preto Zezé em Rio Grande...


O articulador Nacional da CUFA Brasil, Preto Zezé, palestrou na FURG, quinta-feira, 15/10,e brindou o público com a sua presença cativante.


Zezé vê nas clinicas terapêuticas uma ótima alternativa, por perceber que em torno desse trabalho existe todo um esquema de cuidados em grupo. "Além de cuidar uns dos outros enquanto estão na clínica, ao sair, eles se comprometem em resgatar os chamados 'AMIGOS' que ficaram na vida de drogadição." Os traficantes estão se viciando e o acordo entre eles não foi cumprido. O crack adentrou a favela e, com ele, roubos, violência, prostituição, desestrutura... sofrimento.


Segundo Zezé, a venda diária é aproximadamente de:uma bala de maconha, cinco petecas de cocaìna e 25 pedras de crack. Por isso, muitos optaram por esse caminho. A tendência é de que a ideia inicial de manter o crack do lado de fora da favela retorne.
Zezé também é o coordenador da CUFA-Ceará e realizador do curta metragem A Fortaleza Noiada, lançado em junho de 2009. O documentário aborda com excelência a presença devastadora do crack em Fortaleza e foi enriquecido com depoimentos de usuários.

Por Cíntia Arbeletche

Fotos:Sandro Mesquita

Cufa Pelotas

Preto Zezé visita FMSS


Em sua visita ao Rio Grande do Sul, Preto Zezé visitou a Fundação Maurício Sirotski Sobrinho.


Essa semana, Preto Zezé, Articulador Nacional da CUFA, esteve no Rio Grande do Sul numa agenda bastante intensa.Para falar sobre seu trabalho que será lançado agora em novembro e que envolve com excelência o tema do "crack", Preto Zezé visitou a Fundação Maurício Sirotski Sobrinho.Alceu Nascimento, Gerente Executivo da FMSS, recebeu uma cópia do cd que é parte do material que será lançado.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

II Encontro Estadual CUFA no RS


Dia 26 de setembro foi dia de comemoração para a CUFA de Montenegro. Mas a comemoração, teve um elemento a mais, o II Encontro Estadual da CUFA no RS.


A Sociedade Floresta Montenegrina recebeu os coordenadores dos municípios de Alvorada, São Leopoldo, Canoas, Esteio, Carazinho, Montenegro, Sapucaia do Sul, Cachoeira do Sul, Porto Alegre e Pelotas.


Dentro das pautas, os eventos nacionais que a rede social está realizando no país nos próximos meses, novas políticas públicas, novas tecnologias sociais para o desenvolvimento de atividades auto-sustentáveis, com qualidade e resultados, além das ações municipais que vem ganhando espaço nas comunidades e resgatando jovens em situação de vulnerabilidade social e criminal.


A CUFA é uma rede que trabalha com jovens de periferias de todo o país e no Rio Grande do Sul, em mais de 30 municípios, com projetos e ações preventivas, trabalhando o lúdico e conscientizando através de oficinas como teatro, música, áudio-visual, fotografia, interpretativa, inclusão digital, hip hop e seus elementos, esporte (basquete de rua, capoeira, futebol, judô, entre outros) e também inglês, espanhol, artesanato, serviços como manicure, tranças, produção cultural, percussão e palestras preventivas com a temática do crack.


Entre as ações que serão realizadas ainda no ano de 2009, está o Viradão Esportivo, evento idealizado pela CUFA Nacional, cujo tema é a família e com apoio do SESI e da Rede Globo e afiliadas. Serão promovidas 33 horas ininterruptas de práticas esportivas, sob a ótica da acessibilidade e inclusão de pessoas com necessidades especiais, Mobilização pela Paz, serão oficinas com as culturas de periferias nos 14 municípios mais violentos do estado, com intuito de mobilizar os jovens para promover processos de prevenção à violência entre outros projetos e o II Encontro Estadual de Capoeira, que vai reunir grandes mestres de capoeira do país e será realizada na cidade de Canoas.As comemorações encerram nesse dia 29 de setembro, onde será realizado o Painel: "Violência e Drogas - Discutindo o Crack!".


A ação será realizada no Centro Cultural de Montenegro, no Auditório Roberto Athayde Cardona, às 19h00.O painel será comandado por Manoel Soares, comunicador da RBS TV e Coordenador Geral da CUFA no RS.texto: Dinora Rodriguesfoto: Dinora Rodrigues, Fernanda Fell, Rogério Santos, Cintia

Viradão Esportivo


Representantes dos governos municipal e estadual, atletas, comunidade e instituições como Rede Globo e Petrobras se uniram à Central Única das Favelas para divulgar o lançamento do projeto Viradão Esportivo 2009. A abertura do evento ocorreu às 10h do dia 9 de julho de 2009, na Vila Olímpica da Mangueira, no Rio de Janeiro, cidade sede do projeto.


O Viradão Esportivo é um projeto nacional que objetiva mobilizar e movimentar todo o território brasileiro numa grande maratona esportiva, com duração de 32 horas ininterruptas de várias modalidades.


Com o apoio de parceiros como Rede Globo, Sportv, Unesco, Ministério do Esporte, Ministério da Justiça, Prefeituras Municipais e Governos Estaduais, a Central Única das Favelas inicia mais uma atividade cuja proposta é propagar e incentivar a prática esportiva por todo o país. Assim, contribuindo e incentivando o exercício da cidadania e das práticas esportivas entre crianças, jovens e adultos.

Nos bastidores da vitória


De 26 a 28 de junho, a CUFA RS realizou a Liga Internacional de Basquete de Rua no RS Etapa Estadual na cidade de Canoas. Depois de mais de 60 (sessenta) jogos e mais de 15 municípios envolvidos, 4 times sairam campeões e preparados para representar o Rio Grande do Sul na Etapa Nacional: Tamanduás, Spartans, Carne de Pescoço e Gauchas.
E não deu outra, os quatros times foram ao Rio de Janeiro no dia 19 de setembro de 2009 e aqueceram ainda mais o clima na cidade, sob o Viaduto Negrão de Lima.Times masculinos e femininos de várias partes do país: Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins e Rio Grande Do Sul deram um show de basquete de rua, no maior campeonato da modalidade que é promovido pela CUFA em todo o país.

Novas conexões a favor do Hip-Hop

A música brasileira, assim como nossas etnias, sotaques ou dialetos, gostos ou expressões, reflete, por sua própria formação histórica, o pluralismo. Cada um de nós nada mais é que uma síntese de diversas culturas que interagem harmonicamente na construção de novas falas, assim como bons samples. Do dicionário, a palavra diversidade é um substantivo feminino, que significa ‘diferença, dessemelhança, variedade: diversidade de objetos. Divergência, oposição, contradição: diversidade de opiniões’.Historicamente, a dificuldade em aceitar a cultura do outro demonstra em que base foi construída a indústria cultural – que hoje encurralada pela internet repensa as atitudes que homogeneizaram a música e que deixaram o mercado saturado de artistas iguais. Respeitar e conhecer a diversidade da música brasileira é tal como defender a bandeira de um time, de um país, de um movimento, de um ideal. É proporcionar reconhecimento de sua própria história e preservá-la.E foi nesta batida: intercambiar idéias e ideais, apresentar a cultura regional, conhecer a cultura de outros brasileiros, absorver e interferir criando novas expressões, que o Projeto Música do Mato partiu de Mato Grosso e viajou por nove Estados: DF, GO, MG, CE, RN, PB, PE, BA e RO em uma turnê que encerrou nas últimas semanas.Segundo o MC Linha Dura, que faz parte do projeto, que contou ainda com os músicos Ebinho Cardoso, Macaco Bong, Paulo Monarco e Rodrigo Farinha, a idéia surgiu da necessidade de mostrar pro Brasil a potencialidade da musica mato-grossense. “Sentimos que era necessário para a diversidade, mostrar aos outros Estados da nossa região como funciona a nossa organização política, que tem o foco na música”. O projeto nasceu da REDE MATO, que segundo o MC é: “uma rede onde discutimos políticas públicas para a música brasileira a partir da nossa realidade mato-grossense”.
Foram quase vinte dias de apresentações, nas cidades de Pirinópolis, Inhumas, Uberlândia, Fortaleza, Natal, Recife, João Pessoa, Recife e Vitória da Conquista, que contaram com o apoio de iniciativas como as ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independente) onde a CUFA-MT faz parte com o festival Consciência Hip-Hop, além da movimentação sócio cultural promovida pelos coletivos do Circuito Fora do Eixo, que possibilitaram o intercâmbio realizado pelos músicos nas cidades por onde passaram.
Na bagagem de volta, além do enriquecimento proporcionado pela criação de novas conexões culturais e sociais com artistas da região, Linha Dura destaca a visível desorganização do cenário musical. “Não temos um cenário musical organizado que dificulta a circulação de grupos de RAP e que na real não é um problema somente nosso do RAP, mas sim da música no geral, mas o Rap está um pouco mais atrasado nessa questão”, disse. Ele aponta a falta de profissionalismo com um dos motivos para as dificuldades da música Rap encontrar espaço no mercado. “O Hip-Hop precisa urgente de um novo modelo de gestão, de fazer negócio, pois importamos somente as roupas largas dos gringos, as rivalidades da Costa Leste com a Costa Oeste, mas não importamos a maneira que eles negociam, como gerenciam o dinheiro, como se comportam quando estão na frente de outros empresários”.
Segundo ele, é preciso articular o movimento Hip Hop com os órgãos públicos, estar presente nas discussões políticas dos fóruns, nas redes sociais. “Hoje estou como conselheiro na Rede Música Brasil, uma rede que faz parte da Funarte que é vinculada ao Ministério da Cultura. Pode até parecer pouco, mas não é, significa que querendo ou não existe alguém do RAP ocupando espaço no meio de outros segmentos”. E finaliza: “O Hip-Hop precisar sacar e aprender um pouco mais com a classe média, fazer meio que uma operação ‘Robin Hood’ mesmo, e aplicar na favela. A Cufa é mestre nesse diálogo”.[Na entrevista, Linha Dura deixou o recado para quem tiver interesse em participar dos festivais promovidos pela ABRAFIN, enviar material e contato para o E-mail: linhadura@gmail.com]
Acesse a matéria no site Central Hip Hop (Bocada Forte)

sábado, 25 de abril de 2009

Entrevista MV Bill


Você tem um histórico de atuação política, ainda que não partidária, através do hip hop, do envolvimento com a CUFA (que ajudou a fundar) e de seus filmes e livros. Acha que toda figura pública deveria ter esse tipo de compromisso? Conversa sobre isso com colegas artistas?

"Não necessariamente. Arte é arte, e deve se manifestar de várias formas. Cada artista tem sua missão, sua forma de contribuir com a sociedade através da sua arte. O Hip Hop é assim, faz política por convicção, o que está acontecendo é que temos a oportunidade de pautar outras formas de atuação do Hip Hop agora, na política formal. Mas a política pra nós é a essência do nosso movimento. Mas não critico os artistas cuja forma de expressão seja o entretenimento."

Qual foi o ponto de virada em sua vida? Qual foi o momento em que você percebeu que teria que assumir outras responsabilidades e dedicar parte de sua vida a um trabalho social?

"Minha vida vira a todo momento. Não é poesia não. Ela virou quando meus pais se separaram e eu tive que assumir a casa, trabalhando de marreco da sendas, virou quando eu resolvi fazer rap, virou quando eu conheci o Celso, depois quando eu gravei um disco, depois quando lancei o clipe Soldado do Morro. Bem, a virada mesmo acho que foi aqui, quando tive a casa sendo invadida pela policia civil e federal e, a partir daí, só houve problemas e confusão. Então resolvi surfar no olho do furacão. Trabalhar na vida social não foi uma escolha nem uma paixão, é simplesmente a minha vida cotidiana."

MV Bill esteve recentemente no Haiti.

Como é viver até hoje na Cidade de Deus?

"Nasci aqui e tenho trabalho aqui na Cufa e tenho meus grandes amigos aqui. Não sou escravo de discurso, vou sair da CDD quando achar que devo sair, ou então vou comprar um imóvel em outro lugar e viver nos dois lugares. Mas a Cidade de Deus é minha vida, onde vive minha família, onde eu sou mais feliz."

Há momentos em que tem vontade de se mudar?

"Sim, todos os dias. Só que eu sei que isso vai acontecer onde eu estiver. Então, quando tô boladão, deixo a vontade passar."

E o que te faz continuar morando lá?

"Tenho 50 respostas para essa pergunta, mas não estou convencido de nenhuma delas, então vou ficar te devendo essa."

Você acabou de voltar de uma viagem ao Haiti. O que mais te chamou atenção naquele país?

"O sorriso das crianças, elas parecem não ter idéia do tamanho da desgraça que eles estão vivendo que possivelmente vão viver."
"Queria abraçar cada soldado (da missão brasileira no Haiti) e seus familiares"

É possível fazer uma avaliação da missão das Nações Unidas (comandada pelo Brasil) lá?

"Eu precisaria de mais tempo pra isso, mas a missão passou a ser um orgulho pra mim. Enquanto as pessoas aqui ficam tentando desqualificar a missão, deveriam prestar mais atenção no impacto positivo que eles causam lá."
"Eu tive contato com o povo nas ruas, nas casas. Existem lá mais de 10 países, seja construindo hospitais, estradas, poços artesianos, formando policiais, distribuindo alimentos, formando profissionais. Enfim, não existe ocupação no Haiti, existe uma profunda intervenção inevitável."
"E, como negro hoje, tenho dois orgulhos: por ver que a ONU não virou as costas para aquela gente e por ver meu país, através das forças armadas (que eu sempre vi com reservas devido a herança do regime militar) ser reconhecido pelo povo fudido do Haiti. Queria abraçar cada soldado e seus familiares. Não quero perder capacidade de criticar, mas não posso ignorar o orgulho que senti por tudo que vi.

"Fonte: Celso Athayde CUFA-RJ